António Araújo
Araújo foi um avançado que jogou no Futebol Clube do Porto durante grande parte da década de 40 e que, apesar da curta carreira, acabou por marcar aquela geração de futebolistas.
Chegou ao F.C. Porto com apenas 19 anos mas logo viram nele potencial para integrar a equipa principal.
Na época 1946/47 acabaría por ser o melhor marcador do campeonato com 36 golos em 25 jogos.
Infelizmente, ficou ligado à pequena travessia do deserto que o F.C. Porto enfrentou durante esse período e que o afastou dos merecidos títulos. Mas os golos que marcou ao serviço do F.C. Porto cedo o levaram à Selecção Nacional e foi com naturalidade que manteve a veia goleadora ao serviço da Selecção. Foi ele o autor de dois golos à Espanha na primeira vitória oficial sobre os espanhóis (Travassos marcou os outros dois).
Depois do sucesso que atingiu na Selecção Nacional acabou por ficar conhecido por «Sport Lisboa e Araújo» porque era com frequência o único jogador do F.C. Porto a impor-se na Selecção Nacional que naquele tempo era maioritariamente constituída por jogadores do S.L. Benfica, do Sporting C.P. e do C.F. Belenenses.
Araújo foi mesmo responsável por não permitir que os «cinco violinos» tivessem na Selecção o mesmo estatuto e reconhecimento que tiveram no Sporting C.P. isto porque o jogador do F.C. Porto relegava para o banco de suplentes o sportinguista Vasques.
Em 1947, no auge da sua carreira, foi-lhe diagnosticada uma doença na garganta que acabou por lhe afectar os rins.
Na época seguinte ainda foi um dos protagonistas na célebre vitória do F.C. Porto sobre o Arsenal (3-2), mas a meio da época a doença de que padecia não o deixou continuar e foi forçado a abandonar os relvados durante quase dois anos. Quando regressou já não era o mesmo Araújo pois perdera muitas qualidades que fizeram dele um dos melhores avançados de sempre do futebol português.
Ainda jogou no F.C. Tirsense e no União de Paredes antes de terminar a carreira.
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