samedi 1 octobre 2011

A Figura do dia...


Pedro Emanuel contra o Porto: um líder no banco

Em Coimbra, o jovem treinador recolhe elogios no comando da Académica. Aos 36 anos, cumpre o desígnio de um líder nato.

Pedro Emanuel é o próximo adversário do F.C. Porto. O antigo capitão apresenta-se como obstáculo numa fase sensível para os dragões. Em Coimbra, o jovem treinador recolhe elogios no comando da Académica. Aos 36 anos, cumpre o desígnio de um líder nato.

Os adeptos do F.C. Porto vaticinam o sucesso de Pedro Emanuel como técnico. Pode regressar pela porta grande, a médio prazo. Nada mais lógico. Foi campeão por onde passou. Primeiro no Boavista, depois no clube azul e branco.

Passou seis anos no Boavista e sete no F.C. Porto. Como dragão, venceu cinco Ligas, três Taças, uma Supertaça, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões e a tal Intercontinental, em 2004. Queria disputar o Mundial 2006 por Angola. A FIFA não deixou.

Pouco depois, sofreu uma grave lesão e não mais recuperou o brilho. Tanto que ganhou direito a uma pensão vitalícia, 62 mil euros anuais, na sequência da lesão no calcanhar de Aquiles. Terminou a carreira em 2009, com uma incapacidade física de 9 por cento.

Campeão na estreia como treinador

O F.C. Porto disse adeus a um capitão, voz marcante no balneário. A despedida, aqui recordada em vídeo, emocionou adeptos e jogador. O clube foi grato. Entregou-lhe a equipa de juvenis para a estreia como técnico. Não vacilou. Com Paulinho Santos e João Brandão (actual adjunto da Académica) na equipa técnica, manteve o hábito: foi campeão na estreia.

«Olhávamos com respeito para ele. Aquela imagem do seu olhar, antes do penalty na Intercontinental, estava sempre a passar nos écrans do Dragão. Era a imagem de um verdadeiro jogador à Porto, que queria sempre vencer. Continua assim como treinador e daria um grande técnico para o F.C. Porto no futuro.»

Alex Marques, Júlio Santos e Gil Santos traçam o perfil. Eram juvenis do F.C. Porto em 2009/10, numa época de sucesso para Pedro Emanuel. Agora, este trio evolui no Rio Ave.

«No início da época, a equipa estava a dar-se mal. Algo tinha de ser feito. Ele mandou todos os jogadores para a psicóloga, e a verdade é que a partir daí tudo mudou», recordam os três. Segue o relato: «Estávamos a fazer uma segunda fase muito má. Um dia, num jogo que até estava controlado mas em que estávamos a jogar muito mal, ele entrou pelo balneário, deu uma palmada no quadro táctico e explodiu. Naquele momento, despertámos e arrancámos para um grande final de época.»

Pedro Emanuel absorveu a cultura de vitórias. «Dava muito atenção aos pormenores. Como vinha habituado a estrutura de topo, queria ter o máximo de condições para nós. Antes de irmos jogar fora com o Sporting, pressionou para termos bolas diferentes para treinar, as bolas que o Sporting usava.»

«Dava muitos exemplos da carreira dele. Recordava jogos, momentos, até lesões. Quando um jogador estava lesionado, ele vinha falar connosco, a recordar o seu caso, a dar força», recordam os três jovens, antes do detalhe final: «Antes do jogo decisivo com o Sporting, em casa, mostrou-nos um vídeo motivacional com imagens dos títulos conquistados pelo F.C. Porto. Tínhamos de vencer. Assim foi.»

Ao lado de Vítor Pereira

Como campeão, sempre como campeão, foi integrado na equipa técnica de André Villas-Boas. Vítor Pereira regressou para ser o número 2. Pedro Emanuel era a voz, a referência do clube. Juntos, contribuíram para uma época de sucesso tremendo. Partilharam ensinamentos, conceitos, experiências.

No final da época, a dispersão. Villas-Boas no Chelsea, Pedro Emanuel na Académica, Vítor Pereira como timoneiro do F.C. Porto. Agora, o confronto. A visita do Dragão ao líder que deixou saudades.

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